Belca: arte e Saúde Mental na superação da Síndrome de Burnout

A Campanha Janeiro Branco vive dizendo “Saúde Mental tem jeito sim, mas você precisa saber o que fazer!”, não é mesmo?

Agora nós vamos lhe apresentar uma história muito inspiradora sobre adoecimento emocional, sofrimento e superação a olhos vistos!

A olhos vistos, mesmo!

Conheça a história de Belca, uma artista visual que entrou em contato com a Campanha Janeiro Branco e nos emocionou com a sua trajetória, a sua coragem e a maneira como se (re)apropriou da escrita (da produção!) da sua própria história de vida!

Vamos lhe contar essa história em três etapas, em três posts aqui no Blog do Janeiro Branco – ou, em outras palavras, em três atos, como Belca também nos contou por meio de um relato bastante sensível sobre os caminhos que a levaram à arte e a uma explosão de cores, de criatividade e de Saúde Mental em sua vida!

COLAGEM BELCA ENCANTA COM PROFUSÃO DE CORES E INSPIRAÇÃO NA NATUREZA

Belca e o resgate da autoria da sua própria história de vida

Obra da artista paulistana é resultado de uma rica busca conceitual, da luta para superar o Burnout e da busca pelo equilíbrio por meio da arte

Quem conhece a obra da artista visual Belca logo se encanta com seus quadros desenvolvidos a partir de um original método de composição em recorte e colagem de papel, com formas e cores fortemente inspiradas na natureza e responsáveis por levar significado, bem-estar e harmonia para dentro da casa das pessoas.

Esse resultado é, aliás, fruto do próprio processo criativo desenvolvido pela artista, que une técnica, sentimento, prazer e liberdade para compor, buscando novas combinações e reiniciando o processo sempre que necessário. Provavelmente por esse motivo tantas pessoas têm se identificado com a obra de Belca, cuja página no Instagram reúne mais de sessenta mil apaixonados seguidores.

“Este é um trabalho com um caráter muito lúdico, existe uma sensação de brincadeira mesmo, montando e desmontando os elementos até o momento em que a composição me agrade. Ao mesmo tempo, esse método gera um estado meditativo que conduz a uma sensação de bem-estar tão preciosa quanto o resultado final do trabalho artístico, é muito especial”, explica Belca.

O mais fascinante é que esse sistema de trabalho traduz a própria transformação vivida pela artista em sua vida pessoal, quando precisou se reinventar e buscar novos rumos para unir carreira profissional, realização pessoal e maternidade, até encontrar uma composição equilibrada, produtiva e saudável para sua vida, baseada no arteempreendedorismo.

“Eu sempre me mantive perto das artes, encarando-a por muito tempo como hobbie e terapia, enquanto me dedicava à carreira no universo corporativo de uma grande multinacional. Entretanto, acabei vivendo um momento delicado em minha vida, que me levou a desenvolver a Síndrome de Burnout. Como forma de superar essa fase desafiadora, resolvi, em meados de 2019, me voltar à arte, dedicando a ela toda a minha atenção”, revela a artista paulista.

Inspiração sem fim

SUPERAÇÃO E BUSCA CONCEITUAL

No início desse processo, Belca ainda não tinha claro que caminho seguir. “Quando decidi me voltar definitivamente à arte, como forma de superar o Burnout, iniciei também uma profunda busca conceitual por um estilo artístico próprio. Me propus então o desafio de realizar um trabalho criativo diário, ao longo de cem dias, sempre tendo em mente a questão ‘Quem sou eu na arte?’.” 

“Eu comecei então a chegar em um desenho. Antes do papel, eu cheguei em um desenho que me representava. Eu comecei a descobrir que eu amava trabalhar com linhas. Assim desenvolvi um desenho, um objeto, com inspiração em formas da natureza e presença marcante de linhas, que eu passei a chamar de pinõn. Cheguei, aliás, a fazer algumas composições só de pinõns.” 

“Aí, um dia uma amiga falou ‘eu quero um quadro seu, faça o que você quiser’. Foi nessa ocasião que eu falei ‘agora eu vou para o papel’. Assim, transferi esse desenho que eu vinha concebendo ao longo de cem dias para o papel. E acabei me encantando com as infinitas possibilidades de composição do recorte e colagem, que, para mim, trazem uma linda analogia às fases da vida: construção, desconstrução e reconstrução. Afinal, a colagem exige criatividade para compor um novo cenário com os mesmos elementos.”

Esse processo acabou levando ao desenvolvimento do método @belca, cujas obras se inspiram em elementos naturais com composições únicas em recorte e colagem, com a escolha dos papéis, cores, texturas e medidas sendo feita especialmente para cada projeto.

 

Arte da artista Belca inspirada na Campanha Janeiro Branco

“A natureza é, sem dúvida, a inspiração-mãe para o meu método de trabalho. As composições e combinações de cores estão todas prontas na natureza, a gente só precisa conseguir olhar e, é claro, como sou brasileira e tenho o meu DNA tropical, sinto esse impulso de buscar referências na nossa alegria, na nossa herança genética, então eu gosto muito de explorar as cores e suas inúmeras possibilidades, destaca Belca.

Entretanto, engana-se quem pensa que a inquietação artística de Belca se arrefeceu após chegar a um conceito próprio. Afinal, a artista tem se proposto nos últimos tempos a enfrentar novos desafios, como a transposição de seu estilo artístico para a arte de rua, seja nos muros das vias urbanas, seja em esculturas como o enorme coração que pintou para a exposição Art of Love SP 2021.

O sentimento artístico de Belca, aliás, não é de hoje. “Minha história com as artes teve início com a máquina de costura da minha avó ainda na infância e só veio se fortalecendo de lá pra cá. Foi essa conexão precoce com o universo artístico que me levou a estudar Design na Faculdade Belas Artes de São Paulo. Nessa profissão, em que atuei por uns bons anos, pude aprimorar meu olhar artístico, além de ter me mantido sempre conectada ao universo das formas e cores.” 

“Posteriormente, morei em Londres, onde me aproximei da arte de rua, das intervenções urbanas e de toda a energia e expressões artísticas daquela megalópole. Além disso, tendo sempre a capital inglesa como base, aproveitei para ‘mochilar’ pelos países do Velho Continente, desbravando a Renascença, o Art Nouveau e o Modernismo, antes de voltar ao Brasil e ingressar na vida corporativa.”

Se você quer conhecer melhor o método desenvolvido pela artista ou se deseja saber as principais novidades de seu trabalho, acompanhe a página oficial @belca no Instagram ou visite o portal www.belca.com.br.

Fonte: Pedro C. Rebouças

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