Conheça a história de Belca, uma artista visual que entrou em contato com a Campanha Janeiro Branco e nos emocionou com a sua trajetória, a sua coragem e a maneira como se (re)apropriou da escrita (da produção!) da sua própria história de vida!
Vamos lhe contar essa história em três etapas, em três posts aqui no Blog do Janeiro Branco – ou, em outras palavras, em três atos, como Belca também nos contou por meio de um relato bastante sensível sobre os caminhos que a levaram à arte e a uma explosão de cores, de criatividade e de Saúde Mental em sua vida!
ATO 3: A VOLTA POR CIMA
Esse texto é a sobremesa (ou o café e um docinho) de um processo de mudança involuntário muito extenso e dolorido que passei. Sofri perdas sucessivas em menos de um ano, primeiro a saúde, depois o emprego e depois meu pai. Vivi um grande período de luto para elaborar meus sentimentos.
Nessa caminhada, eu reencontrei a arte. Desde pequena tenho paixão por ela, me formei em Design, vivi a arte que exala nas ruas de Londres, fui artesã quando me restavam horas vagas.
Eu me questionava se, para uma nova vida, eu conseguiria viver de arte. E quando falo sobre viver, é sobre viver mesmo e não sobreviver. Com todas as condições para usufruir de descansos, passeios, exercício físicos, alimentação correta, tempo para estar com quem eu amo e claro, trabalhar.
Mas a arte carrega muitas crenças limitantes como “arte não traz dinheiro”, “não dá futuro”, “isso é coisa de vagabundo”. Mas gente, a arte está presente nos primeiros anos de vida do ser humano, tem um papel fundamental na formação e desenvolvimento dos sentidos, sentimentos e autoestima. E aos poucos vamos esquecendo dessa prática e abandonando a nossa criança.
Bom, ainda na fase de recuperação e questionamentos, decidi me desafiar a um projeto onde faria, por mais de 3 meses, uma criação por dia. E aos poucos fui chegando em um estilo próprio.
“Quero um quadro seu e você pode fazer o que quiser”
“Quero um quadro seu e você pode fazer o que quiser”, uma amiga pediu. Estava aí a oportunidade de traduzir em recortes de papel colorido o meu estilo.
O recorte e a colagem se tornaram uma característica do meu trabalho. As infinitas possibilidades de composição me trazem uma linda analogia às fases vida: construção, desconstrução e reconstrução. Criatividade para compôr um novo cenário com os mesmos elementos.
Daquele quadro em diante, uma nova perspectiva se abriu: assumir meu lado artístico e me tornar arte empreendedora. Levar a arte para a vida das pessoas em forma de significado, cura e aprendizado.
Comecei a vender quadros, mais quadros e a cada mês, mais quadros. Recebo muitas mensagens diárias de reconhecimento e identificação.
Empreender significa abrir mão da segurança de ter uma carteira de trabalho assinada e diversos benefícios. Mas, no meu caso, vem preenchendo uma lacuna que me faltava: vida.
Para mais informações sobre Belca: www.belca.com.br
Uma resposta
Sou a Amanda Da Silva, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor parabéns nota 10 gostei muito.